A Itaipu Binacional, internacionalmente reconhecida por suas ações de sustentabilidade na fronteira entre Brasil e Paraguai, tem ampliado as suas contribuições para a comunidade externa, com o compartilhamento de experiências bem sucedidas na gestão da água, energia e ecossistemas. Nesta semana, a empresa participou de dois importantes eventos com esse fim, além de ter lançado o relatório anual da Rede Global de Soluções Sustentáveis em Água e Energia.

 

O primeiro deles, na terça-feira (23), foi promovido pelo Banco Mundial (BID) e pelo Fundo Mundial para o Ambiente (GEF) e abordou o desenvolvimento de hidrelétricas enquanto promotoras da conservação da biodiversidade. O evento teve como moderador o CEO do GEF, Carlos Manoel Rodriguez, e contou, como painelista principal, com o superintendente de Gestão Ambiental, Ariel Scheffer da Silva, além de ministros e especialistas de países asiáticos.

 

Para o coordenador de Soluções Globais de Hidrelétricas e Barragens do BID, Usayd Casewit, a participação da Itaipu recebeu uma resposta extremamente positiva em relação às informações apresentadas sobre como equilibrar a geração de energia com o meio ambiente. Os mais de 100 mil hectares de áreas protegidas (reconhecidos pela Unesco como zona núcleo da Reserva da Biosfera), o Corredor Ecológico Santa Maria (criado há 20 anos) e as unidades de conservação da região estão diretamente relacionados à segurança hídrica do reservatório, à geração de energia no longo prazo e à proteção dos ecossistemas.

 

Nesta manhã de quinta-feira (25), a empresa participou da primeira reunião de 2021 com os 16 membros da Rede de Soluções Sustentáveis em Água e Energia, criada a partir de uma parceria entre a Itaipu e o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Undesa), e que envolve especialistas de várias partes do mundo.

 

Na oportunidade, foi apresentado o relatório de 2020 da Rede, contendo as atividades desenvolvidas no ano passado, com destaque para a realização de diversos seminários de capacitação regionais (na América Latina, Ásia e África), além de publicações conjuntas e o lançamento do novo site da rede (disponível aqui).

 

Ariel Scheffer da Silva representou o diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell, no encontro. Ele enfatizou o compromisso da binacional em incrementar as atividades de capacitação, colocando à disposição da rede a experiência da Escola Internacional de Sustentabilidade (EIS), sediada no PTI. Nessa linha, a empresa também pretende apoiar a elaboração de um pacote audiovisual abordando os impactos positivos das soluções em água e energia para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ser compartilhado com os demais membros da rede.

 

Também manteve o compromisso da Itaipu de sediar a primeira conferência mundial sobre água e energia, em 2022. “A Itaipu pretende compartilhar outras boas práticas em água e energia que contribuem com a Agenda 2030, como novas metas e indicadores para acompanhamento dos ODS em nível empresarial, e ainda parcerias que estão sendo desenvolvidas na região para garantir a segurança hídrica e energética”, afirmou Ariel.

 

A reunião foi conduzida pelo consultor da Undesa, Ivan Vera, e contou com a participação de representantes da Associação Internacional de Hidroeletricidade (IHA), da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), dos governos da Espanha e do Tadjiquistão, da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), da Associação de Açucareiros da Guatemala (Asazgua), do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, Áustria (Iiasa), do Instituto de Pesquisa e Tecnologia da Noruega (Sintef), da Escola de Estudos Avançados da Índia (Teri), Conselho Mundial de Energia (WEC), e de diversos organismos da ONU, entre eles a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). Da Itaipu, além de Ariel Scheffer, participaram da reunião representantes da parceria com Undesa: Maria Eugenia Alderete, Lígia Leite Soares e Romeu de Bruns.

 

Ivan Vera destacou a necessidade de ampliar a divulgação de estudos de caso e boas práticas em áreas de expertise dos associados da rede, como hidroenergia, bioenergia, dessalinização e saneamento. Outra estratégia a ser abordada é a ampliação dos webinars para que possam cobrir os níveis local, sub-nacional, nacional, regional e global, e de forma alinhada com os temas eleitos como prioritários para a próxima Conferência Mundial do Clima (COP 26): energia limpa, transporte limpo, soluções baseadas na natureza, adaptação e financiamento.

 

Compromissos

 

Outro produto a ser desenvolvido no âmbito da rede são os “Energy Compacts” a serem apresentados no High-Level Dialogue on Energy (HLDE), evento em que o Brasil foi selecionado como país líder no tema da Transição Energética. Esses “Energy Compacts” são compromissos e ações voluntárias a serem assumidos pelos integrantes da rede, incluindo políticas, trabalhos de campo e pesquisas, para atingir a universalização dos serviços de energia e uma predominância das fontes renováveis até 2030. “Esses compromissos agregados poderiam ser lançados no evento HLDE, em setembro, em paralelo à abertura da Assembleia-Geral da ONU”, antecipou Vera.

 

Fonte: https://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/noticia/itaipu-amplia-contribuicoes-para-comunidade-internacional